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terça-feira, 18 de outubro de 2016

EU SOU UMA BRUXA POR FOX THALITA


EU SOU UMA BRUXA!

            Não me lembro exatamente quem eu sou ou o porque da minha existência, só sei de uma coisa, sou uma bruxa e sou vigiada por aqueles que sabem tudo sobre mim e meu passado. Tento entender porque preciso de escolta de alta patente e porque fingem serem meus amigos, pois já notei seus olhares quando digo algo como “eu me lembrei de algo do meu passado” ou quando meus poderes se despertam em um nível diferente do normal em uma caçada.
            Meu nome? Tenho tantos. Atualmente me chamo Claer.
            Meus poderes vêm dos elementos básicos, água, ar, fogo e terra. Até parece que sou o avatar igual ao do desenho. Mas não, eu sou uma bruxa, uma bruxa diferente eu acho!
            Bom, mas para vocês entenderem melhor vou contar a nossa primeira missão, onde conheci as meninas. E não se preocupem, falarei sobre cada integrante do grupo.

Dia 16 de agosto.
            Um dia terrível para caçar, é claro, em minha opinião, afinal é horrível caçar demônios e monstros em dia de chuva fria e forte. A coelhinha maluca, Andrea, é realmente maluca, tem atitudes infantis, ama doces, odeia tudo o que crianças odeiam em suas infâncias como, por exemplo, brócolis, ficar sozinhos a noite, não poder comer o que quiser e chorar se alguém levanta a voz para ela. 
            - Oh Claer, o que você esta escrevendo ai? – disse Andrea.
            - Nada de importante ou relevante.
            Ela me olhou com curiosidade como se estivesse desconfiando.
            - Ta bom!
            - Andrea, nós temos outras coisas para fazer hoje. Agora quem grita é a Marta, a freira que de freira só tem... hum tá, ela realmente é uma freira. Mas não acho comum uma freira saber usar armas, principalmente uma metralhadora enorme.
            - O que você esta escrevendo Claer?
 Andrea insiste e lança um olhar de curiosidade diretamente ao meu caderno de anotações. Olhei de volta com um inocente e forte sorriso e disse a ela:
- Só anotando coisas que tenho que comprar para o jantar.
Com essa mentira, que fora percebida por Andrea que novamente retrucou com um olhar perfurante de dar medo, continuamos a andar até chegar a Vale Vérsias, um vale lindo, principalmente a noite, mas assustador em noites chuvosas como hoje.
- Merda!
- O que foi? – todas disseram juntas.
Cristina respondeu:
- Pisei na merda de cachorro ou...
- Ou o que?
- Algo que parece merda.
Essa é a Cristina. Ela é a sniper do grupo e também a convencida, roqueira e mal educada.
- Ainda escrevendo? – disse Cristina.
- Hum...é que.
- Vai fazer o jantar pro exercito da China? Somos só nós quatro! – disse Cristina já me irritando com seu sarcasmo.
- Quietas, escutem – disse Vanessa.
- O que?
- Xiu!
- Vanessa o que houve?
- Silêncio.
A última do grupo é Vanessa, morena e bonita, mas sempre ranzinza grossa e tem um poder que mais parece uma maldição.
A chuva começou a parar, mas para mim não importa porque controlo a água ao meu redor.
- Vocês ouviram isso? – sussurrou Cristina.
Agora todos escutaram um estranho ranger de dentes. Era Vanessa em alerta olhando fixamente para um arbusto alto ao sul a uns quatro metros de nós e para piorar agora se ouvia passos e rosnados como de uma fera. Eu não queria saber o que havia ali, mas pelo jeito iria descobrir querendo ou não, afinal aquilo já estava olhando para nós. Aquilo parecia ter cabeça de leão, pata de dragão, rabo de serpente, seria aquilo uma quimera? 
CONTINUA...

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