AGENTE
DPC E O SUMIÇO DA MAGIA
Teste,
teste. Um, dois, teste. Gravando.
Aqui
quem fala é o agente DPC no dia 15 de outubro de 2017 ás 21h19min.
Esse
é meu relatório da missão designada no dia 14 de outubro de 2017, mas só tive
tempo de fazer agora. Os relatórios de agora em diante serão gravados
(exigência do chefe. Acho que ele ta com preguiça de ler, mas enfim). Então
vamos começar.
Era
apenas mais um dia de rotina na agencia Arquivo CTS. Já estávamos terminando o
trabalho do dia. Vi o coitado do agente Eleven saindo pra uma missão no final
do expediente. Fiquei com pena dele, mas quando corri para não acontecer o
mesmo comigo, meu celular tocou e adivinhem. Isso mesmo, esta certa a pessoa
que pensou em missão. Fui convocado. Então não tive como fugir, afinal eu que
escolhi essa vida e sabia o que me aguardava. Pelo menos pensei que sabia.
Um
de meus contatos me ligou falando de um caso estranho. Disse que seus vizinhos
estavam desesperados falando que não sabiam se tinha perdido ou se roubaram sua
magia. Ele ainda me disse que nunca entendeu muito esses vizinhos porque eles
eram alegres, mas ao mesmo tempo misteriosos. Ninguém sabia o que eles faziam.
Eles eram novos no bairro. E nesse dia ele já não tinha mais dúvidas de que era
uma família de bruxos e que algo tinha acontecido com a magia deles e por isso
me ligou.
Bom,
caso de magia é estranho e coisas estranhas são da nossa área, então não pude
recusar e fui dar uma olhada. Meu contato me passou o endereço e disse que eles
eram a família Catópolis. Não tinha tempo a perder porque o local era longe e
já estava tarde. Queria chegar em casa para o jantar. Se eu soubesse o que me
aguardava não teria... Enfim, continuando.
Depois
de quase uma hora dirigindo cheguei à casa dos Catópolis. Estacionei o carro um
pouco mais abaixo na rua e segui alguns metros a pé. No caminho quase tropecei
em um gato que se entrelaçou nas minhas pernas.
Peguei
o gato e vi que ele tinha uma coleria pequena, mas não tinha nenhuma
identificação. Então levei o gato comigo e antes de prosseguir para o meu
objetivo, passei na casa do meu contato e pedi para que ele me acompanhasse. No
caminho para a casa dos Catópolis ele olhou para aquele gato e achou que já o
tinha visto antes, mas não lembrava onde. Pedi para ele segurar o gato e bati
na porta. Quem me atendeu foi um homem que aparentava ter uns 40 anos, era
jovial, mas estava com uma cara de preocupação. Então comecei o dialogo:
— Senhor
Catópolis?
—
Sim. João Catópolis a seu dispor. Em que posso ajudar?
—
Sou o Agente DPC, trabalho na agente Arquivo CTS e recebi uma informação de que
o senhor perdeu sua magia, correto?
— Sim,
mas como o senhor ficou sabendo disso? E que agencia é essa? Nunca ouvi falar.
—
Somos uma agencia que trata de assuntos secretos.
—
Mas o que tem de secreto no meu caso?
Não
me importei com o questionamento dele. Nós agentes já estamos acostumados com
pessoas que se fazem de desentendidas.
—
Desde quando o senhor perdeu sua magia?
— Desde
hoje cedo. Estávamos em casa todos reunidos com nossa varinha e nossa magia.
Mas de repente nossa magia sumiu, sem explicação.
Varinha?
Pensei eu. Isso realmente esta estranho. Se complicasse teria que pedir ajuda
para a agente Wic que é especializada nesses casos.
—
Entendo. O senhor tem alguma pista? Sabe se alguém queria te prejudicar?
—
Acho que não. Somos novos aqui. Não deu nem tempo da gente conhecer o pessoal
daqui. Acho que minha magia esta perdida.
Nesse
momento fiquei perdido. Ele falava de magia como se fosse uma pessoa.
— Já
estou preocupado. Desde cedo não acho ela. Olha não sei por que o senhor,
agente DPC esta aqui. Não acho que seria necessária a intervenção de uma
agencia secreta, mas já que o senhor esta aqui eu agradeço se me ajudar a
encontrar a minha magia.
—
Tudo bem. Vou ligar pra minha colega de trabalho que é especializada em magia.
Acho que ela pode me ajudar.
Percebi
que alguma coisa estava errada por que ele achou estranho eu ter falado isso.
Parecia que estávamos falando de coisas diferentes.
Quando
virei de costas para fazer uma ligação ouvi o senhor João dizendo eufórico?
—
MAGIAAA! Onde você estava. Você nos deixou preocupados. Oh minha magia. Se tivesse
acontecido alguma coisa com você eu não sei o que teria feito. O senhor é meu
vizinho não é? Onde achou ela?
Quando
olhei para trás o senhor João estava indo em direção ao meu contato para pegar
o gato.
—
Não fui eu quem achou seu gato. Foi o agente DPC. — disse meu contato, se
sentindo um pouco constrangido.
—
Obrigado agente. Sou muito grato mesmo. Que alivio que o senhor achou minha
magia.
— De
nada eu acho.
Agora
tudo fazia sentido. Por isso que não estávamos nos entendendo.
— Só
uma pergunta, Varinha deve ser seu outro gato não é?
—
Sim. Colocamos esses nomes por que somos fãs de Harry Potter. Hahaha.
Aff.....
Pensei eu.
Não
podia ser diferente. Nós do Arquivo CTS sempre enfrentamos essas situações
embaraçosas. Mas pelo menos o caso foi resolvido.
Aprendi
duas coisas com isso: me informar melhor antes de pegar um caso desses e não
confiar tanto assim no meu contato.
Perdi
quase três horas da minha noite. Cheguei muito tarde e perdi o jantar.
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