POR AGENTE CTS
Olá manos e minas, beleza?
Sexualizar é o ato ou efeito de dar ou de ganhar caráter
sexual. Aqui vou escrever especificamente sobre quando as personagens femininas
estão seminuas ou vestidas com roupas provocantes. Não é minha intenção
escrever um texto puritano ou moralista, apenas quero expor o que eu andei pensando
atualmente diante de algumas coisas que considero exageradas.
“Mas mano, isso é só entretenimento e você não precisa ficar
problematizando o bagulho” vai dizer algum marmanjo que adora ver personagens
femininas quase peladas. Concordo que os artistas precisam ter liberdades
artísticas na hora de desenhar essas personagens. O que me incomoda é quando
elas estão usando uma roupa que nem ao menos faz sentido com o próprio conceito
da personagem, como no caso de uma lutadora que precisa lutar e pular, o que
pode ser difícil quando ela está usando uma saia curta apertada e salto alto.
Quando era moleque eu gostava de ver a calcinha da Chun-li.
Agora que sou pai de uma menina, passei a ver as coisas por outro ângulo. Não
quero julgar quem se diverte com a sexualização exagerada de personagens
femininas no mundo do entretenimento, só quero expor aqui os motivos pelos
quais EU costumo me incomodar com isso. Penso que a coisa toda passa pela coerência
e pode ir parar na falta de bom senso, e usarei três personagens para
exemplificar isso.
Primeiro falarei sobre a Niele do mangá Holy Avenger para
dar um exemplo de coerência. Ela é uma elfa deslumbrante que usa apenas
tirinhas de couro para cobrir sua nudez. A Niele é uma personagem que eu aceito
tranquilamente, porque a falta de pudores (ela chega a perseguir um ladrão pela
cidade completamente nua) é algo que faz parte da personalidade dela. Neste
caso a sexualização da personagem tem um contexto que justifica o modo como ela
se veste.
Agora chegou o momento de dizer o que me incomoda, e o
melhor exemplo para isso é a Chun-li de Street Fighter 5. Conheço essa
personagem desde moleque como uma mulher de personalidade forte, sempre
demonstrando uma grande seriedade e disciplina. Então de repente eu vejo ela
lutando de biquíni... É verdade que a
sensualidade da Chun-li sempre foi explorada, mas antes não era algo tão
forçado. Ver ela lutando de biquíni me incomoda porque desconstrói a imagem que
sempre tive da personagem, além de estar incoerente com o conceito dela. Apesar
disso, se fizer um esforço eu consigo relevar casos como este.
E para finalizar, vou falar da Sarada do mangá Boruto para
dar um exemplo de falta de bom senso. O mangá deveria seguir os passos do
anime, mas com o tempo o desenhista passou a sexualizar esta personagem, uma
kunoichi (ninja feminino) que ganhou poses sensuais e uma roupa que deixa suas
pernas de fora. Até aqui parece ser um caso como o da Chun-li, mas tem um
agravante: Sarada tem apenas DOZE ANOS DE IDADE!
Quando comparamos a caso da Niele com o da Sarada fica
evidente os níveis de exageros que a sexualização das personagens femininas
pode alcançar. Já casos como os da Chun-li eu considero um meio termo. Tenho
certeza que essas personagens são usadas para atrair o público masculino, mas, pelo
menos comigo, se não tiver coerência a tendência é me afastar delas.
Então, seus motivos são nobres. Também não me sinto confortável de ver uma personagem infantil sexualizada desta forma. Eu sou fã dos desenhos femininos, mas sempre quando o assunto é mulheres adultas. Gosto realmente do traço feminino, da beleza, dos ângulos explorados anatomicamente incorretos, nesses casos eu penso que é a liberdade criativa e sim, a sexualização tem o marcketing de atrair caras como eu. Mas nesse caso da personagem de Boruto eu concordo contigo, e não tenho a intenção de ser politicamente correto, é o que eu sinto mesmo.
ResponderExcluirMano, isso é o que acontece quando o bagulho sai fora de controle e o caos começa a imperar! kkk
ExcluirVlw pelo comentário mano. Muito bom mesmo. Isso fortalece bastante as ideias.
ResponderExcluirInteressante sua análise e isso sempre me chamou a atenção, mas percebo que estás persogens ( não todas) advém do Japão, e esse aspecto tem que mensurar o abismo cultural de nossas sociedades.
ResponderExcluirTodavia o que falo não é justificativa, mas uma observação sobre o tema para que com análise da origem se entenda mais sobre o mesmo.
Abraço e continue o trabalho.
Realmente temos que observar as diferenças culturais. Contudo ainda acho algumas coisas exageradas da.
ExcluirAcho válido sua observação. Porém, isso é comum também com os produtos norte americanos, que tem uma cultura mais próxima da nossa, e nacionais.
ExcluirNa verdade... A Niele é brasileira. Holy Avengers é uma série brasileira, escrita por brasileiros e publicada no Brasil.
ResponderExcluirA falta de noção é o problema. Qual o sentido da chun-li, uma policial, se vestir com um biquíni para lutar? Ou A cammy, membro de uma equipe de forças especiais, lutar de maiô fio-dental?
A pressionaram de 12 anos sexualizada já passa a ser preocupante. A mensagem é que uma menina não pode ser protagonista se não estiver com o corpo à mostra.
Isso machuca é transtorna meninas que consomem esses produtos, adolescentes que estão se formando.
O problema não é a existência de persistência peladas. É a inexistência de personagens vestidas.
Obrigada pelo texto.
Crá, sou obrigado a concordar. isso me faz lembrar que preciso fazer uma lista de mangás e animes protagonizados por mulheres e feitos no contesto Shonem!
ExcluirObrigado por participar. É bom ter um ponto de vista feminino neste assunto!
ExcluirConcordo. Eu particularmente tô gostando dessa ideia de desexualização das personagens femininas. Não que isso tire a feminilidade delas, mas as deixa mais realistas e menos apelativas. E sobre as personagens infantis é preocupante que a mídia no geral está tentando tirar a infância das crianças jogando na cara delas coisas que não fazem parte da sua idade e se alguém fala disso o povo ainda acha ruim. Inversão de valores enorme nos nossos dias.Na verdade sempre teve, mas cada um sentiu de uma forma em dia época.
ResponderExcluirObrigado pelos comentários.