EU
SOU UMA BRUXA!
Não me lembro exatamente quem eu sou ou o porque da minha
existência, só sei de uma coisa, sou uma bruxa e sou vigiada por aqueles que
sabem tudo sobre mim e meu passado. Tento entender porque preciso de escolta de
alta patente e porque fingem serem meus amigos, pois já notei seus olhares
quando digo algo como “eu me lembrei de algo do meu passado” ou quando meus
poderes se despertam em um nível diferente do normal em uma caçada.
Meu nome? Tenho tantos. Atualmente me chamo Claer.
Meus poderes vêm dos elementos básicos, água, ar, fogo e
terra. Até parece que sou o avatar igual ao do desenho. Mas não, eu sou uma
bruxa, uma bruxa diferente eu acho!
Bom, mas para vocês entenderem melhor vou contar a nossa
primeira missão, onde conheci as meninas. E não se preocupem, falarei sobre
cada integrante do grupo.
Dia
16 de agosto.
Um dia terrível para
caçar, é claro, em minha opinião, afinal é horrível caçar demônios e monstros
em dia de chuva fria e forte. A coelhinha maluca, Andrea, é realmente maluca,
tem atitudes infantis, ama doces, odeia tudo o que crianças odeiam em suas
infâncias como, por exemplo, brócolis, ficar sozinhos a noite, não poder comer
o que quiser e chorar se alguém levanta a voz para ela.
- Oh Claer, o que você esta escrevendo ai? – disse
Andrea.
- Nada de importante ou relevante.
Ela me olhou com curiosidade como se estivesse
desconfiando.
- Ta bom!
- Andrea, nós temos outras coisas para fazer hoje. Agora
quem grita é a Marta, a freira que de freira só tem... hum tá, ela realmente é
uma freira. Mas não acho comum uma freira saber usar armas, principalmente uma
metralhadora enorme.
- O que você esta escrevendo Claer?
Andrea insiste e lança um olhar de curiosidade
diretamente ao meu caderno de anotações. Olhei de volta com um inocente e forte
sorriso e disse a ela:
- Só
anotando coisas que tenho que comprar para o jantar.
Com
essa mentira, que fora percebida por Andrea que novamente retrucou com um olhar
perfurante de dar medo, continuamos a andar até chegar a Vale Vérsias, um vale
lindo, principalmente a noite, mas assustador em noites chuvosas como hoje.
-
Merda!
- O
que foi? – todas disseram juntas.
Cristina
respondeu:
-
Pisei na merda de cachorro ou...
- Ou
o que?
-
Algo que parece merda.
Essa
é a Cristina. Ela é a sniper do grupo e também a convencida, roqueira e mal
educada.
-
Ainda escrevendo? – disse Cristina.
-
Hum...é que.
-
Vai fazer o jantar pro exercito da China? Somos só nós quatro! – disse Cristina
já me irritando com seu sarcasmo.
-
Quietas, escutem – disse Vanessa.
- O
que?
-
Xiu!
- Vanessa
o que houve?
-
Silêncio.
A
última do grupo é Vanessa, morena e bonita, mas sempre ranzinza grossa e tem um
poder que mais parece uma maldição.
A
chuva começou a parar, mas para mim não importa porque controlo a água ao meu
redor.
-
Vocês ouviram isso? – sussurrou Cristina.
Agora
todos escutaram um estranho ranger de dentes. Era Vanessa em alerta olhando
fixamente para um arbusto alto ao sul a uns quatro metros de nós e para piorar
agora se ouvia passos e rosnados como de uma fera. Eu não queria saber o que
havia ali, mas pelo jeito iria descobrir querendo ou não, afinal aquilo já
estava olhando para nós. Aquilo parecia ter cabeça de leão, pata de dragão,
rabo de serpente, seria aquilo uma quimera?
CONTINUA...
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