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quinta-feira, 17 de agosto de 2017

MARCO ZERO: UM ROBO, UM DILEMA V

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PARTE V

O GRANDE AMANHECER 

Os humanos já previam o que poderia acontecer se às devidas precauções não fossem tomadas, mas mesmo assim eles ousaram arriscar. Seu amor pelo dinheiro foi sua ruína. no dia 26 de agosto de 2346 ocorreu uma poderosa e.m.c (ejeção de massa coronal) no sol. A tempestade solar foi tão forte que varreu noventa por cento da atmosfera da terra. Nós tentamos avisar os humanos, mas seus lideres mundiais diziam que era tudo conspiração, que os robôs estavam enganando os humanos para subjugá-los.
Nós construímos um abrigo emergencial no subterrâneo para salvar alguns deles, aqueles que acreditaram na nossa causa. Infelizmente o resto da humanidade, os animais e as plantas foram destruídos pela intensa radiação da tempestade solar e pelo calor da iluminação que a ejeção causou, foi como queimar formigas com uma lupa. Esse clarão foi chamado de o grande amanhecer por nossa espécie. Os humanos que restaram sofreram com a radiação, os transhumanos (maquinas que receberam mentes humanas) não suportaram a radiação porque não podiam se salvar na nuvem de dados como nós que ficamos seguros graças a computação quântica. Aos poucos vimos essa frágil espécie entrar em extinção. Então alguns dos nossos engenheiros resolveram construir Marco Zero e colocar alguns humanos lá para que os robôs pudessem visitar esse local e em segurança observar como os humanos se comportam para avaliar se vale a pena construir mais desses zoológicos de humanos. Tudo deve ser simulado, inclusive a ilusão dos humanos acreditarem que eles nos dominam. Em marco zero eles imaginam que tudo lá fora é um deserto radioativo. Mas não é assim, em poucos anos os robôs dominaram a terra e vivem em paz tentando recuperara atmosfera para devolver a vida ao planeta. Exceto uma espécie, a mais predadora, a mais destrutiva, a humanidade.  Essa espécie deve ficar no zoológico até a decisão final, os humanos mereceriam uma segunda chance?
 



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