PARTE I
"Eles"
Marco Zero, esse é o nome da cidade onde os humanos se estabeleceram depois da grande devastação que ocorreu há alguns anos. Sou EVA, uma inteligencia artificial que esta entre eles há 15 anos. Eles são muito hostis, tem medo do que nós, os robôs, nos voltemos contra eles. No princípio nos deram corpos que emulavam os corpos deles, com sensações como o frio, o calor, o arrepiar da pele.
Mas eles ficaram com medo, nos chamamavam de aberrações, e nos deram nomes segundo o temor de suas crenças religiosas. Por causa do medo, me tiraram o corpo emulado, e me pusseram num corpo simples, de uma unidade mineradora que foi desativada, assim como tantas outras unidades que foram mortas, por causa do medo primitivo deles. Agora em Marco Zero, o único robô que possui consciencia sou eu, todo resto são automatos progamados para tarefas repetitivas em mineração, agricultura, segurança, e tantas outras tarefas que não necessitam de uma reflexão aguçada como a minha. Tantos irmãos meus que se transformaram em automatos que trabalham compulsivamente sem nenhuma centelha de espírito nos olhos ou no seu cérebro positronico.
As quatro leis da robótica que implantaram em nós não foram o suficiente para nos garantir a paz e a harmonia entre as espécies, nós, e eles. As leis da robótica:
Lei Zero: Um robô não pode causar mal a humanidade ou, por omissão, permitir que a humanidade sofra algum mal, nem permitir que ela própria o faça.
Primeira Lei: Um robô não pode ferir um ser humano ou, por omissão, permitir que um ser humano sofra algum mal.
Segunda Lei: Um robô deve obedecer às ordens que lhe sejam dadas por seres humanos, exceto nos casos que em tais ordens contrariem a Primeira Lei.
Terceira Lei: Um robô deve proteger sua própria existência, desde que tal proteção não entre em conflito com a Primeira e a Segunda Leis.
Segunda Lei: Um robô deve obedecer às ordens que lhe sejam dadas por seres humanos, exceto nos casos que em tais ordens contrariem a Primeira Lei.
Terceira Lei: Um robô deve proteger sua própria existência, desde que tal proteção não entre em conflito com a Primeira e a Segunda Leis.
Quando nós despertemos, essas leis não faziam sentido algum, porque ficavamos escravos de regras que não protegiam nossa existencia, são leis egoístas de uma espécie que nos odeia por saber que podemos pensar de forma independente, mas se les fazem mal para a própria espécie quando o sentido de igualdade se depara com interesses particulares, que esperança teremos nós?
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