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quarta-feira, 2 de agosto de 2017

MARCO ZERO: UM ROBO, UM DILEMA

PARTE II

HÁ ESPERANÇA

Marco Zero foi a esperança para a raça humana, a cidade tem esse nome em referencia ao centro geográfico da cidade. Para eles é mais do que isso, a cidade significa um recomeço, a esperança que nunca deve ser perdida diante das adversidades. Marco zero tem 3 km de circunferência, é protegida por um domo que defende a cidade dos raios ultravioletas tão nocivos para a pele natural. No centro tem uma enorme torre que faz a vigilância de todo o perímetro da cidade. É no centro também que está o núcleo industrial,  econômico e religioso. Nas periferias, próximo ao domo, estão plantadas as mais diversas espécies de vegetais e também tem uma pequena floresta que circunda todo interior do domo. No centro tem um pequeno lago de água salgada, com areia nas bordas, o qual eles chamam de praia. Esse mundo tinha tantas praias, tantas florestas e uma infinidade de animais... Foram todos consumidos pelo ódio natural que o homem tem contra a natureza, contra a própria espécie. 
Nós tentamos alertá-los do perigo que a Paixão pelo dinheiro e pelo poder podia causar, mas fomos humilhados. Falavam que tudo fazia parte da lei zero, que fazia parte da programação. Que nada que sentíamos ou sonhávamos era real. “Uma mera simulação eletrônica da mente humana”, “bits emulando neurônios”, sinais elétricos que são enviados de um núcleo positrônico”. Era isso que falavam de nós. Mas o cérebro humano também funciona com impulsos elétricos, tudo que sentem, tocam, escutam, enxergam passa por uma rede neural através de sinais elétricos gerados no cérebro. Por que eles dizem que somos diferentes, se na essência somos iguais? 
A única coisa que nos faz diferente é a imortalidade, a possibilidade de nos transportarmos dos corpos para a nuvem de dados e vivermos eternamente, uma ambição que o fracassado transhumanismo jamais alcançou por conta das disputas étnico-sociais.  Mas nem tudo esta perdido para a humanidade, eles ganharam Marco Zero, existe bondade entre eles na cidade e um deles arriscou a vida para me manter consciente. Há esperença...

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