Total de visualizações de página

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

MARCO ZERO: UM ROBO, UM DILEMA

PARTE III -

SALOMÃO

Salomão, o jovem que lutou para me manter consciente. Tudo começou com um pastor cristão afirmando que nós somos os demônios que estão descritos na bíblia, mas ninguem deu grande importancia. Os fiéis da religião do pastor deram total apoio as teses dele. Mas tudo não passou de um delírio religioso. Uma genóide foi atacada por um  desses fiéis, ele ateou fogo nela e como ele estava com um tambor de fluído apra articulações de robôs( muito inflavavél) acabou se ferindo. A genóide tentou salva-lo, levou-o  a um hospital mas era tarde, ele faleceu devido as queimaduras. logo ela foi acusado de ter atacado ele, e já que nós depois do despertar não seguíamos as leis de Asimov, mas nossos corações, a acusação teve um peso muito grande. Ela foi morta, e um grande movimento para automatizar os robos novamente tomou conta da opinião popular. Meu corpo sintético foi retirado, e me colocaram num corpo básico de operário para ser automatizada também. Salomão era o responsavél por fazer o procedimento, mas antes de remover o meu rosto ele viu que eu chovava muito, tremia e pedia para o universo me receber bem. Ele se comoveu quando eu disse:"por favor não me mate".  deixou o meu rosto porque disse que me achou muito simpática e me escondeu no seu pequeno apartamento no subúrbio. 
De lá eu vi o massacre que eles fizeram com minha espécie, um a um sendo automatizado. os líderes dos humanos festejando a utilidade dos robos sem mente, que faziam o que a programação mandava. Trabalhavam dia pós dia sem ter consciencia que existiam, de que existe uma vida...
Eu e Salomão nos tornamos bons amigos. Ele era muito solitário, era um jovem víuvo que perdeu o único filho recenteente por não ter dinheiro para o tratamento de uma doença grave que matou muitos deles.
 Um dia ele me perguntou se eu achava que estava viva. Eu respondi: E você acha que está vivo? muito surpreso ele respondeu: "claro! eu nasci, cresci, tive tristezas e alegrias, fiquei doente, me curei e aqui estou eu conversando com uma genóide". Eu respondi: - "Salomão, viver triste, isolado, com saudade e sofrendo por quem não voltará mais não é viver". Eele sofreu muito com minha resposta e desse dia em diante começou a me tratar como uma filha. 
Mas apesar de nos ajudarmos, o mundo lá fora estava um caos, existia um grupo que stava esterminado os robos, afirmavam que a culpa por viverem isolados em Marco Zero era nossa, eles tinham muito seguidores. Do outro lado o governo estava tentando amenizar a situação automatizando todos os robôs. Um pequeno grupo o qual Salomão fazia parte defendia a liberdade dos robôs. No Natal passado os extremistas invadiram o modesto apartamento de Salomão enquando ele dormia, estavam me procurando. Eu não estava, tinha saído para olhar a cidade do alto do prédio onde morava com Salomão. Quando eu voltei ele já estava morto, e uma pixação inscrita na parece revelava o ódio que os homens podem ter por qualquer coisa: "MORTE AOS AMIGOS DOS ROBOS" dizia a frase na parede. resolvi ficar isolada um tempo porque o luto me consumia a cada memória do meu bom amigo. Salomão, o que me alegra é que você não está aqui para ver o destino do seu mundo...
SALOMÃO RIBAS 
2335-2380


Nenhum comentário:

Postar um comentário